As esculturas recentes de Pollyanna Freire resultam de um minucioso processo evolutivo das formas iniciais do seu trabalho. A artista brasileira residente em Portugal – selecionada em 2015 para o Prémio Novos Artistas Fundação EDP – explorou de modo lúdico a geometria linear, a interseção de pequenos volumes e planos, cuja leitura podia ser simultaneamente feita de modo individual e conjunto. Ao privilegiar o ferro sobre a balsa e a madeira, as peças de chão que a artista vai pela primeira vez mostrar exaltam toda a sua fragilidade poética através do inesperado das formas e dos vazios que exibem, da leveza imaginada e real dos seus corpos, da elegante alegria das suas cores e do feliz percurso visual e físico para o qual atraem os visitantes.
Pollyanna Freire (São Paulo, 1982) estudou Artes Plásticas na UNESP e é Mestre em Linguagens Visuais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Frequentou, no Ar.Co – Centro de Arte & Comunicação Visual, o Curso Avançado em Artes Plásticas, de 2010 a 2013. Escultura, a sua primeira exposição individual, realizou-se em 2017, seguindo-se Cavalo Verde em 2020, ambas no Módulo – Centro Difusor de Arte, Lisboa. Das exposições coletivas que integrou, destacam-se: Não sei se posso desejar-lhe um feliz ano, no MNAC – Museu Nacional de Arte Contemporânea, Lisboa, 2022; Play is a serious matter, Museu das Comunicações / Fundação Portuguesa das Comunicações, Lisboa, 2019; O pouco ou muito a diferença é pouca, Módulo – Centro Difusor de Arte, 2014. Em 2012, participou na exposição Me, Myself and I, o IV Certamen de Dibujo Contemporáneo Pilar y Andrés Centenera Jaraba, Fundación Centenera, em Madrid, onde recebeu uma menção honrosa. Em 2017, foi convidada para integrar a 8.ª edição da exposição Artemar, em Cascais, comissariada por Luísa Soares de Oliveira. Foi selecionada, em 2015, para o Prémio Novos Artistas Fundação EDP.
Pollyanna Freire teve o apoio do Município do Fundão na realização deste projeto.