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Exposições
Rui Moreira – Transe
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Curador: João Pinharanda
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Rui Moreira, "A Máquina de Emaranhar Paisagens VIII", 2019. Guache e aguarela sobre papel; 152,5 × 237 cm. Cortesia do artista e Galerie Jeanne Bucher Jaeger, Paris-Lisboa.
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Língua Gestual Portuguesa

 

 

O MAAT apresenta Transe, a primeira exposição antológica do artista português Rui Moreira. A exposição reúne cerca de 80 desenhos e pinturas sobre papel, de médio e muito grande formato, e uma escultura de grande dimensão que será apresentada na Praça do Carvão. Com uma carreira com mais de 20 anos, Rui Moreira é um dos mais significativos artistas portugueses dos revelados na primeira década deste século e um dos que tem curriculum internacional mais consolidado.


O título escolhido pelo artista para esta exposição, Transe, revela a intensidade que coloca na realização das suas obras e a energia que através delas pretende transmitir. Essas obras, de trabalho minucioso e que exigem um tempo de execução lento e profundo, resultam da convocação simultânea de forças primordiais, e citações eruditas, com referências a Herberto Helder – poeta muito presente na obra de Rui Moreira – Cormac McCarthy ou Marcel Proust, nos quais procura inspiração para temas e títulos de algumas das suas obras.

 

Com cores altamente sedutoras, embora restritas, as pinturas sobre papel variam entre o abstrato e o figurativo, e revelam o absoluto perfeccionismo que o artista emprega no seu processo de trabalho. Rui Moreira coloca-se, muitas vezes, em territórios e experiências extremas para desenvolver o seu trabalho. Estas experiências podem ser meteorológicas – em altas temperaturas no deserto, em Marrocos – ritualísticas – fazendo parte e desfilando com um grupo de caretos, personagens mascarados, que integram festividades pagãs do Carnaval em certas aldeias de Trás-os-Montes; ou até mesmo de exaustão – horas sem fim passadas em atelier, a trabalhar freneticamente – atingindo, assim, estados espirituais geradores de novos territórios de criação.


No trabalho de Rui Moreira existe uma multiplicidade de narrativas, referências e simbologias. Nas obras figurativas, revelam-se detalhes de roupas, adereços e gestualidades (citações recolhidas entre o Japão e o Norte de África, Trás-os-Montes, Índia e Amazónia) que acentuam o valor simbólico das personagens (figuras humanas, animais ou vegetais) que ora contracenam ora se fundem. Nas suas obras não figurativas, por sua vez, encontramos elementos soltos (cruzes, segmentos lineares ou polígonos) que criam zonas hipnóticas relacionáveis com a arte islâmica, as mandalas hindus, as rosáceas medievais ou a ilusão de uma composição modernista e racional. Finalmente, nas suas paisagens, a terra, o mar e o céu fundem-se, multiplicando e sobrepondo pontos de vista. A exposição organiza-se nestes núcleos de figuração, não-figuração e paisagem, sem obedecer a nenhuma regra cronológica.

 

Fruto de um protocolo celebrado entre o MAAT e o Centro Cultural Graça Morais, parte da exposição será apresentada em Bragança, a partir de 5 de julho de 2025. 


No âmbito da exposição, será publicado um catálogo com textos de João Pinharanda, Filipa Correia de Sousa e Rui Chafes (que farão uma conversa com o artista no dia 22 de maio). A 6 de maio, Rui Moreira dará uma aula de 12 horas no museu, onde falará da sua prática e da importância do estado de transe no seu trabalho e na expansão do território de criação. 

 

Biografia de Rui Moreira

Rui Moreira (Porto, 1971) estudou no ar.co – centro de arte e comunicação visual em Lisboa e no Art Institute of Chicago. O seu trabalho é frequentemente orientado pelas suas viagens e explorações. Através das suas criações, ele experimenta e recupera as percepções físicas e psicológicas inerentes a lugares como o deserto de Marrocos, a nascente do Ganges, a selva amazónica ou a região de Trás-os-Montes.

Em 2014, o Mudam Luxembourg – Musée d'Art Moderne Grand-Duc Jean apresentou I Am a Lost Giant in a Burnt Forest, uma ampla exposição da sua obra. Em 2015, um dos trabalhos de Rui Moreira foi adquirido para a Collection Société Générale. Em 2016, um conjunto de dez obras foi exposto no Pavilhão Branco / Galerias Municipais de Lisboa. Intitulada Os Pirómanos, esta exposição foi depois apresentada no CIAJG – Centro Internacional das Artes José de Guimarães em 2017. Em 2018, o seu trabalho foi incluído na exposição coletiva Saudade – Unmemorable Place in Time, na Fosun Foundation, em Xangai, e no Museu Coleção Berardo, em Lisboa, e em 2023 numa outra exposição coletiva intitulada I II III IV V – cinco décadas de ar.co – centro de arte e comunicação visual, realizada no Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado, em 2023.

Rui Moreira colabora com a galeria Jeanne Bucher Jaeger desde 2008, tendo apresentado várias exposições individuais, a mais recente das quais The Passengers, em 2022.

 

 

ACESSIBILIDADE: Uma pequena parte desta exposição não é acessível a pessoas com mobilidade condicionada (PMC).

 

 

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